Quais os investimentos entram em inventário?
A maioria dos investimentos entra em inventário. Em geral, planos de previdência privada e seguros de vida NÃO entram em inventário.
Faz sentido investir em criptomoedas?
Se você não aceita oscilação em seus investimentos (possui um perfil bastante conservador), você NÃO DEVE investir em criptomoedas.
Já para você que possui um perfil moderado ou arrojado de investimentos, pode fazer sentido alguma exposição desde que controlada.
O Bitcoin, por exemplo, sobe quase 200% ao ano, na média, nos últimos 5 anos, porém, nesse meio tempo, já apresentou quedas drásticas de mais de 70% em menos de 1 ano. É preciso cautela!
É hora de estar na Bolsa (ações)?
Primeiramente, não recomendo alguém com perfil de investimentos Conservador investir em ações.
Segundo, penso ser mais importante uma carteira de investimentos diversificada e balanceada ao longo do tempo do que tentar prever o momento melhor ou pior para comprar/vender. Sendo assim, manter alguma exposição a ações (desde que aderente ao seu perfil de investidor e objetivos!) ao longo do tempo parece-me mais sensato. Logicamente, reorganização e rebalanceamento de carteira devem ser realizados de tempos em tempos.
Ações de Dividendos ou Ações de Crescimento?
Empresas que pagam dividendos são, geralmente, empresas maduras, bem estruturadas e com resultados mais previsíveis (ex. Bancos, Energia).
Empresas de crescimento são, geralmente, empresas mais jovens, que precisam de mais capital de terceiros para se financiar e que possuem resultados não tão previsíveis (ex. Tecnologia).
Em momentos de crise, ações de dividendos tendem a sofrer menos; em momentos bons e juros em queda, ações de crescimento tendem a subir mais.
Como não depender do INSS?
Isso requer realizar aportes mensais pensando na sua aposentadoria. Ou seja, separar uma parte do valor que você aporta mensalmente pensando lá na frente, no complemento de renda futura. Com relação a alternativas de investimentos, é necessário analisar com mais profundidade e personalização caso a caso, ou seja, assim como pode fazer sentido fazer uma previdência privada, talvez seja interessante pensar no recurso para a aposentadoria investido em outras classes de ativos.
Como equilibrar risco e retorno ao longo da vida?
Acredito ser uma questão bastante pessoal. No entanto, falando de investimentos, penso que, na fase de acumulação de capital, os mais jovens podem se “dar ao luxo” de terem carteiras mais diversificadas e arrojadas (maior risco) visando maior retorno (não é garantia!).
Para os que estão na fase de preservação de capital (mais experientes), é necessário boa dose de conservadorismo (menos risco) nos investimentos, mesmo que isso signifique um pouco menos de retorno.
Vale a pena investir em fundos de infraestrutura (debêntures incentivadas)?
Debêntures incentivadas são isentas de IR para o investidor pessoa física. Penso ser uma boa alternativa de investimento para alguma parte do portfólio (analisar caso a caso!). Esses ativos proporcionam, em geral, retornos superiores ao CDI e, em tempos de calmaria, volatilidade menor do que investir em renda variável (ações, por exemplo). CONTUDO, o risco de crédito é o que está por trás desses investimentos. Tudo anda bem até que estoure algum grande default. Portanto: cautela.
Qual a renda ideal para a aposentadoria?
Novamente, cada caso é um caso. Porém, é necessário ter em mente algo fundamental: ao calcular a renda que deseja/planeja ter na aposentadoria, saber que os gastos com lazer e, especialmente, os gastos com saúde devem ser consideravelmente maiores do que são hoje. Já com relação ao cálculo, deve-se sempre levar em conta a inflação (manutenção do poder de compra), ou seja, calcular a renda desejada/necessária pensando em termos reais (taxa de juros além da inflação projetada para o período).
*Este post é educativo e informativo e, portanto, não possui qualquer tipo de recomendação de investimentos. Para uma análise personalizada, entre em contato: [email protected] ou (48) 99203-4619.
Florianópolis, 09 de junho de 2025.
Por Maurício Cardoso, CFP®