Até quando manter a aplicação em DI com a SELIC “já no topo”?
Lembremos que a aplicação em DI (CDB Pós com liquidez, Fundos DI, Tesouro LFT (SELIC) serve também para garantir aquele recurso para a “reserva de emergência”. Sendo assim, independente de os juros (taxa SELIC) estarem no pico máximo ou não, todo investidor deveria manter uma boa dose de conservadorismo em seu portfólio, especialmente falando de Brasil. Isso posto e sabendo que o mercado se move em expectativas, talvez seja o momento de dar uma boa analisada no portfólio.
Faz sentido investir em Ouro? Como?
Se você possui um perfil de investidor Conservador, não! Para perfis moderados e arrojados, pode fazer sentido alguma parte do portfólio investido em Ouro. O Ouro tem se provado resiliente ao longo dos anos, tanto em períodos de calmaria quanto de turbulência nos mercados. Especialmente em momentos de forte fricção global, como o atual, o Ouro tem se mostrado um bom ativo (commodity) para se ter no portfólio. Há diversos fundos de investimentos que investem diretamente ou replicam o desempenho do Ouro.
Fundos Multimercados valem a pena? O que avaliar neles?
Podem investir em praticamente qualquer classe de ativo, ou seja, o gestor tem mais liberdade. Penso que em cenários “onde o cenário parece estar mudando”, investir via fundos multimercados pode ser ainda mais interessante desde que haja uma análise detalhada do histórico do gestor (asset), como foi o desempenho do fundo em momentos turbulentos de mercado e há quanto tempo o fundo está operando. É fundamental uma análise detalhada caso a caso para verificar se vale a pena, taxas envolvidas, onde e quanto investir.
Vale a pena investir em Opções (derivativos)?
Há boa dose de operacionalização e taxas envolvidas. Há estratégias interessantes podem ser montadas, porém não fazem nenhum sentido para o investidor pequeno e/ou conservador. Penso que perfis de investidor arrojados e com um portfólio de investimentos já construído podem se utilizar de algumas estratégias via derivativos (neste caso, Opções). É fundamental ter o acompanhamento de um profissional experiente para auxiliar na montagem e desmontagem dessas estratégias.
Quando priorizar amortização de dívidas versus aportes?
Em geral, é necessário avaliar custos. Ou seja, qual o custo dessa dívida? E qual a rentabilidade desses novos aportes? Mas, mais do que isso, questões além dos números são essenciais: é uma dívida feita com responsabilidade, planejada e dentro do orçamento? Se sim, talvez você não se incomode em mantê-la desde continue realizando novos aportes. Faz sentido para você amortizá-la e, talvez, ficar sem nenhum recurso guardado para uma eventual emergência? Manter uma reserva de emergência é primordial.
Custos e taxas nos fundos:
Analise os custos envolvidos e não apenas a rentabilidade passada (que NÃO significa rentabilidade futura!) pois fazem muita diferença no longo prazo! Especialmente nos fundos, é fundamental verificar a taxa de administração cobrada e eventual taxa de performance. Você deve fazer essa análise entre classes, por exemplo: fundo multimercado com fundo multimercado; fundo crédito privado com fundo crédito privado, etc. Você pode verificar esses dados na lâmina do fundo. Lembrando que a rentabilidade divulgada já está liquida de tx. de administração.
Vale incluir commodities ou criptomoedas como hedge (proteção)?
É possível. Mas, novamente, não faz sentido para perfis de investidores Conservadores. Para perfis moderados ou arrojados, alguma parte do portfólio exposta ao Ouro (ex. de commodity) e/ou criptomoedas (ex. Bitcoin) pode fazer sentido e pode trazer alguma proteção (hedge) ao portfólio, principalmente em tempos conturbados de mercado. Contudo, é necessária uma avaliação mais detalhada de cada caso em específico.
Quais os benefícios em contratar um Consultor Financeiro independente?
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*Não há recomendação de investimentos nesse post. Para uma análise PERSONALIZADA, INDEPENDENTE E PROFISSIONAL da sua situação financeira/patrimonial e do seu portfólio de investimentos, entre em contato:
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Florianópolis, 24 de junho de 2025.
Por Maurício Cardoso, CFP®