Um pouco sobre o IPCA (Índice oficial de INFLAÇÃO utilizado pelo Brasil)

Que o IPCA é o índice oficial de inflação do nosso país, a maioria dos investidores já sabe. Mas e sua composição e abrangência? 

Antes disso…

A meta de inflação do país é definida atualmente pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Hoje, o CMN é composto pelo(a) Ministro(a) de Estado da Fazenda (presidente do CMN), pelo(a) ministro(a) de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo(a) Presidente do Banco Central do Brasil. 

Atualmente (2023), a meta de inflação definida pelo CMN é de 3,25% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,50% para mais ou para menos. Para o ano de 2024 essa meta já está definida em 3,00%, com o mesmo intervalo de tolerância de 1,50% para mais ou para menos.

Mas quem deve “perseguir” ou, “alcançar”, essa meta?

O Banco Central do Brasil é o grande responsável por alcançar essa meta estabelecida pelo CMN. O principal, mas não único, meio que hoje ele faz isso é através do controle sobre a Taxa Básica de Juros da economia, a SELIC. À medida em que ele sobre ou reduz a SELIC, influencia nas outras demais taxas praticadas no mercado e isso altera o fluxo da economia como um todo, estimulando-a (quando reduz a SELIC) ou desestimulando-a (quando sobe a SELIC). Essa dinâmica interfere nas decisões de produção das empresas e nas decisões de consumo e investimentos por parte das pessoas, fazendo com que os preços se alterem para cima (inflação) ou para baixo (deflação). 

Existem vários índices que calculam a inflação do país, mas o que foi escolhido para ser o oficial quando se trata da Meta de Inflação a ser alcançada é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O IPCA é calculado e divulgado mensalmente pelo IBGE e reúne uma cesta de bens e serviços considerando famílias com rendimento de 1 até 40 salários mínimos mensais. 

As regiões abrangidas e seus respectivos pesos (%) dentro do índice são, atualmente:

  1. São Paulo: 32,28%
  2. Belo Horizonte: 9,69%
  3. Rio de Janeiro: 9,49%
  4. Porto Alegre: 8,61%
  5. Curitiba: 8,09%
  6. Salvador: 5,99%
  7. Goiânia: 4,17%
  8. Brasília: 4,06%
  9. Belém: 3,94%
  10. Recife: 3,92%
  11. Fortaleza: 3,23%
  12. Vitória: 1,86%
  13. São Luís: 1,62%
  14. Campo Grande: 1,57%
  15. Aracaju: 1,03%
  16. Rio Branco: 0,51%

E com relação aos produtos e serviços que compõem o índice, atualmente?

  1. Alimentação e Bebidas: 21,48%
  2. Transportes: 20,64%
  3. Habitação: 15,21%
  4. Saúde e Cuidados Pessoais: 13,21%
  5. Despesas Pessoais: 9,98%
  6. Educação: 5,88%
  7. Comunicação: 4,93%
  8. Vestuário: 4,75%
  9. Artigos de Residência: 3,88%

Fonte dos dados: IBGE

13 de junho de 2023.